Saúde Mental e Cirurgia Plástica têm de ser vistas em correlação. A cirurgia plástica constitui cada vez mais a opção de quem quer melhorar a sua aparência. No entanto, torna-se importante recordar que a saúde mental deve estar sempre em primeiro lugar.
Como se sabe, a Cirurgia Plástica consiste num conjunto de procedimentos estéticos invasivos que têm como objetivo melhorar a aparência física, mas também tratar ou corrigir certas patologias e condições. Associada à procura pela beleza e juventude, vai muito além disso.
A autoestima e a saúde mental estão intimamente relacionadas. Por isso, a ligação entre a cirurgia plástica e a saúde mental começa, desde logo, na motivação e tomada de decisão de realizar, ou não, determinado procedimento; sobretudo porque nessa decisão estão envolvidos vários fatores pessoais e emocionais.
Quero fazer uma Cirurgia Plástica. Porquê?
Os motivos de quem pretende recorrer à cirurgia plástica podem ser muitos:
- uma completa insatisfação com alguma parte do corpo;
- questões de saúde;
- a vontade de aperfeiçoar algum detalhe da aparência.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a definição de saúde consiste num “estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas na ausência de doença”. Este conceito leva-nos a perceber como, para muitas pessoas, fazer uma cirurgia plástica se traduz mesmo numa questão de saúde.
O facto de uma pessoa se sentir insatisfeita com a sua aparência pode afetar negativamente a sua autoestima, confiança e bem-estar emocional. Mas pode também estar em causa uma situação física mais evidente, em que o paciente apresenta, por exemplo, deformidades nasais, hipertrofias ou assimetrias mamárias ou, ainda, as diástases.
Em qualquer um destes casos, há toda a legitimidade para se ponderar o recurso à cirurgia plástica, desde que as situações sejam avaliadas devidamente.
Autoestima e autoimagem
A autoestima reside na perceção que temos de nós próprios e na forma como nos valorizamos. Já a autoimagem corporal traduz-se no modo como percebemos o nosso próprio corpo e nos sentimos em relação a ele. Os dois conceitos estão invariavelmente correlacionados e assumem um papel fundamental na nossa saúde emocional e mental.
A insatisfação com a aparência pode impactar de forma negativa a autoestima e a autoimagem, pois o facto de nos sentirmos incomodados com alguma característica física, pode despertar inseguranças. Quando isto acontece, a cirurgia plástica pode ajudar a melhorar a aparência e, consequentemente, a elevar a autoestima.
Há ainda transtornos emocionais que estão diretamente relacionados com uma autoimagem negativa. Quando decidimos fazer uma cirurgia, essa decisão deve ser tomada para nos sentirmos melhor connosco mesmos. Com a nossa autoimagem. Jamais para agradar a terceiros.
Existem pessoas que vivem com complexos durante largos anos e isso acaba por afetar a sua autoestima, a vida pessoal, as relações interpessoais e muitas vezes interferir, até, na sua vida íntima. As pessoas devem valorizar-se, cuidar da sua saúde, a nível físico e mental, e da sua imagem, para que se sintam bonitas aos seus próprios olhos. E aqui reside uma das principais missões da cirurgia plástica.
Contudo, uma modificação física não deve ser vista como uma solução para todos os nossos problemas ou um caminho para melhorar a saúde mental. Esta não resolve casos de depressão profunda ou baixa autoestima crónica. Por vezes, pode ser necessário acompanhamento psicológico para alcançar uma autoimagem corporal positiva, sendo, nesse caso, a cirurgia plástica apenas um complemento.
Insatisfação com a imagem: qual a sua origem?
Quando a necessidade de alterar a aparência física, recorrendo a cirurgias plásticas, ocorre de forma repentina ou repetitiva, aliada a outros comportamentos específicos, como a constante insatisfação com a imagem, tal pode ser um sinal de alarme de que algo não está bem com a saúde mental de uma pessoa.
Homens ou mulheres extremamente ansiosos ou que apresentem um quadro de depressão leve devem ponderar se, naquele momento, reúnem condições psicológicas para enfrentar um procedimento cirúrgico. A ponderação deve ser feita em conjunto com o médico ou psicólogo e se a opção for a de avançar, os pacientes devem, nessa situação, continuar a ser acompanhados clinicamente.
Já, por exemplo, os casos mais graves de depressão ou transtorno da personalidade não devem ser indicados para cirurgia plástica.
Tomada de decisão
Importa compreender bem as motivações que estão na base da decisão de realizar uma cirurgia plástica. Há, desde logo, uma série de questões a ponderar, independentemente do procedimento:
- Será que devo realmente submeter-me a uma cirurgia plástica?
- Qual a intervenção mais indicada para o resultado que quero obter?
- Como vai ser a recuperação?
- Os resultados vão corresponder às minhas expectativas?
As perguntas são muitas e as respostas são, necessariamente, diferentes de pessoa para pessoa.
A cirurgia plástica não representa uma solução mágica que resolve todos os problemas associados à autoimagem ou a transtornos de insatisfação constante com a aparência física.
Cada paciente deve ter expectativas realistas e compreender os limites do procedimento, tomando a decisão de avançar ou não de forma totalmente consciente e após uma avaliação cuidadosa e muito ponderada.
Expectativas realistas
Para realizar uma cirurgia plástica, qualquer pessoa deve preparar-se psicologicamente para lidar com as mudanças estéticas.
Embora seja, cada vez mais, um procedimento seguro e simples, com recuperação rápida, continua a haver uma grande diferença entre uma ida à esteticista e uma ida ao cirurgião plástico.
Por exemplo, pessoas extremamente perfecionistas, com expectativas altíssimas, não devem submeter-se a uma cirurgia plástica, porque nunca vão ficar satisfeitas com o resultado. Compreender que os resultados oscilam de pessoa para pessoa afigura-se, desde logo, fundamental.
Há que ter uma consciência muito precisa do seu “eu” e não recorrer à cirurgia plástica com o intuito de se assemelhar a alguém. A cirurgia plástica pretende, sim, fazer sobressair o que há de melhor em cada um.
Acompanhamento ou apoio psicológico
Tão importante como os exames físicos que devem ser efetuados antes de recorrer à cirurgia plástica, é o acompanhamento psicológico inicial e posterior, quando necessário.
Quem toma a decisão de se submeter a uma cirurgia plástica precisa de contar com o apoio familiar e daqueles que lhe são mais próximos. Todo o processo se torna mais fácil quando partilhado e compreendido pela família e amigos.
A Saúde Mental na LMR
Na LMR, a saúde mental dos nossos pacientes constitui uma das nossas preocupações primordiais. Como tal, antes de qualquer cirurgia realizamos uma avaliação psicológica detalhada para assegurar que cada paciente reúne as condições necessárias para realizar o procedimento que deseja e que está consciente do impacto que poderá ter na sua vida.
Avaliamos cuidadosamente todos os nossos pacientes, de forma a compreender as suas motivações e expectativas e identificar sinais de eventuais problemas emocionais e psicológicos, encaminhando-os para terapia, quando necessário.
Na LMR, esforçamo-nos ao máximo para esclarecer todas as questões e incertezas que possa ter e damos todo o suporte necessário para ajudar a tomar a decisão mais acertada.
Saber mais sobre Cirurgia Plástica
Nota importante:
Caso o presente artigo apresente fotos antes e depois por favor considere as mesmas meramente demonstrativas e podem não servir de referência para o seu caso em particular. Estas imagens servem apenas para mostrar possíveis resultados para um ou vários procedimentos cirúrgicos. As imagens que utilizamos são de pacientes que consentiram a sua utilização. Quaisquer imagens não representam nenhuma garantia de resultados.
Sobre a Médica Especialista
Dra. Luísa Magalhães Ramos / Cirurgia Plástica
ORDEM DOS MÉDICOS: cédula n.º 42810, especialista em Cirurgia Plástica Reconstrutiva e Estética.
Licenciada pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, especialista em Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética, fez a especialidade no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central – polo de Hospital de São José.
Ao longo da sua formação, subespecializou-se na área da Cirurgia Plástica Estética, tendo trabalhado em centros de renome mundial. Paralelamente, dedicou-se, também, à reconstrução mamária e à reconstrução de malformações faciais.
Atualmente dedica-se principalmente à Cirurgia Plástica Estética da Face (pálpebras, nariz e lifting cervico-facial), Cirurgia da mama e Cirurgia genital feminina.
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