O que é a ginecomastia e porque é que acontece o aumento do volume mamário nos homens?
A Ginecomastia é a uma situação clínica caracterizada por aumento do volume mamário masculino, podendo este ser devido a aumento do tecido adiposo, do tecido glandular mamário ou ambos. Pode ainda ser unilateral ou bilateral.
Esta situação habitualmente pode causar constrangimentos e desconforto, contribuindo para desequilíbrio da harmonia psico-social. Os homens deixam de frequentar a praia ou a piscina, não praticam desporto onde se possa evidenciar esta alteração e até pode implicar no seu vestuário.
A maioria dos casos de ginecomastia apresenta-se na puberdade, com uma maior incidência nos jovens entre 14 e 15 anos. Esta situação clinica tende a desaparecer durante os últimos anos da adolescência, com a estabilização hormonal. A incidência aumenta com a progressão da idade, atingindo até 30% nos homens idosos.
Na maioria das situações não se encontra a cauda provável, trata-se de um problema idiopático (isto é, sem causa conhecida), mas em muitos outros casos há múltiplos factores associados, nomeadamente fisiológicos altura em que ocorre diminuição dos níveis de testosterona (no período neonatal, na adolescência e na velhice), patológicos (associados a cirrose, tumores da supra-renal, hipertiroidismo, hipogonadismo, tumores testiculares) e farmacológicos (associados ao consumo de marijuana e esteróides e alguns medicamentos como bloqueadores dos canais de cálcio, espirinolactona, cimetidina e cetoconazol). No entanto, a presença de ginecomastia não está associada a um maior risco de cancro da mama no homem.
Como pode ser tratado ou reduzido este aumento de volume mamário?
Antes de tratar a ginecomastia, deve ser feito o diagnóstico da causa, pois o tratamento correcto e eficaz depende disso.
O diagnóstico é feito através da avaliação da presença de um aumento predominantemente glandular ou adiposo (de gordura), a presença ou não de massas, a qualidade da pele, o grau de ptsose (se a mama está ou não descaída), o posicionamento e a dimensão dos mamilos e aréola e assimetrias existentes. Pode se classificar a ginecomastia em quatro graus, consoante o volume mamário, que vai do grau 1 (mais leve, com uma hipertrofia mínima e sem ptose) ao grau 4 (mais grave, com um volume superior a 500gr e com ptose acentuada).
Em doentes obesos, em que a causa provável da ginecomastia é o aumento do tecido adiposo, é aconselhada a diminuição de peso.
Os restantes podem ser tratados com cirurgia após uma devida eliminação de eventuais causas subjacentes (ex: tumores, fármacos, consumo de algumas substâncias como hormonas ou cannabis).
Como é feito o tratamento cirúrgico da ginecomastia e quais são as possíveis complicações?
A técnica cirúrgica depende do tipo de ginecomastia e do seu grau, existindo duas técnicas cirúrgicas, que podem ser utilizadas separadamente ou em combinação: a lipoaspiração e a mamoplastia.
Quando o volume mamário presente é de natureza adiposa (gordura), idealmente é realizada uma lipoaspiração pois permite, através de uma pequena incisão praticamente invisível, remover o volume mamário indesejado.
Nos casos em que tal não é possível devido à existência de tecido glandular, efectua-se a remoção do tecido mamário por uma incisão através da aréola de forma a remover o volume e corrigir a ptose que possa existir, ficando também a cicatriz disfarçada com o limite da aréola.
O tratamento cirúrgico pode ser realizado com anestesia local e sedação.
Os principais problemas relacionados ao tratamento cirúrgico da ginecomastia são irregularidades na superfície da mama e alterações na forma ou na posição do mamilo, assim como possíveis hematomas.
Nota importante:
Caso o presente artigo apresente fotos antes e depois por favor considere as mesmas meramente demonstrativas e podem não servir de referência para o seu caso em particular. Estas imagens servem apenas para mostrar possíveis resultados para um ou vários procedimentos cirúrgicos. As imagens que utilizamos são de pacientes que consentiram a sua utilização. Quaisquer imagens não representam nenhuma garantia de resultados.

Sobre a Médica Especialista
Dra. Luísa Magalhães Ramos / Cirurgia Plástica
ORDEM DOS MÉDICOS: cédula n.º 42810, especialista em Cirurgia Plástica Reconstrutiva e Estética.
Licenciada pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, especialista em Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética, fez a especialidade no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central – polo de Hospital de São José.
Ao longo da sua formação, subespecializou-se na área da Cirurgia Plástica Estética, tendo trabalhado em centros de renome mundial. Paralelamente, dedicou-se, também, à reconstrução mamária e à reconstrução de malformações faciais.
Atualmente dedica-se principalmente à Cirurgia Plástica Estética da Face (pálpebras, nariz e lifting cervico-facial), Cirurgia da mama e Cirurgia genital feminina.



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