O lipedema é uma condição crónica que envolve o acúmulo desproporcional de gordura, especialmente nas extremidades inferiores.
Foi classificado como doença apenas em 2022 e afeta, sobretudo, as mulheres, estimando-se que cerca de 10% da população feminina sofra desta patologia.
Esta condição é, muitas vezes, subdiagnosticada e mal compreendida, sendo confundida com obesidade e celulite. Torna-se, por isso, importante perceber as suas características e as opções de tratamento disponíveis.
Neste artigo esclarecemos em que consiste o lipedema e como pode ser tratado.
Compreenda em que consiste o lipedema
O lipedema é uma condição médica crónica e progressiva, que afeta principalmente as mulheres.
Caracteriza-se pelo acúmulo anormal de gordura nas pernas, coxas e ancas, e, nalguns casos, nos braços, com aumento desproporcional destes membros relativamente ao resto do corpo.
Os seus traços mais comuns incluem a distribuição bilateral e simétrica de gordura nas zonas referidas, criando uma aparência desproporcional entre o tronco e as extremidades.
A sensação de peso e dor nos membros afetados, bem como a sensibilidade ao toque, são outros dois fortes indicadores desta doença. E esta dor acontece porque a gordura do lipedema tende a formar nódulos subcutâneos – que podem ser visíveis – e devido à componente inflamatória que lhe está associada. Os membros afetados apresentam pele com textura irregular, semelhante ao aspeto da celulite.
O acúmulo de gordura provocado pelo lipedema é difícil de ser eliminado, mesmo com alimentação saudável e equilibrada e prática regular de exercício físico.
As mulheres que sofrem desta condição experienciam, em regra, maior retenção de líquidos, aparecimento de hematomas espontâneos, diminuição da mobilidade e cansaço geral.
Causas
As causas que estão na origem do lipedema ainda não são totalmente claras.
No entanto, os fatores genéticos, hereditários e hormonais parecem desempenhar um papel preponderante.
Efetivamente, esta patologia tem associada uma forte componente hereditária, uma vez que é comum afetar várias mulheres da mesma família.
Verifica-se também a correspondência entre distúrbios hormonais e o avanço do lipedema. Por isso, a puberdade, a gravidez e a menopausa podem despoletar a condição ou, quando já exista, agravá-la.
O mesmo acontece com fatores metabólicos e hábitos de vida pouco saudáveis e inflamatórios, que podem influenciar o avanço dos sintomas.
Dificuldade de diagnóstico e atraso nos tratamentos
O lipedema apenas foi considerado uma doença em 2022 e é muitas vezes confundido com lifedema, obesidade, celulite ou inchaço.
Esta ambiguidade no diagnóstico atrasa a identificação da patologia e, consequentemente, o início do tratamento adequado – situação que se pode prolongar durante anos.
A deteção atempada é crucial para travar a evolução da gravidade do lipedema.
O diagnóstico clínico tem em conta a análise dos sintomas, do histórico da paciente e de exames físicos. Pode ser necessário excluir outras condições que se manifestam com sintomas semelhantes.
Se suspeita que sofre desta condição, deve procurar um médico especializado para conseguir um diagnóstico adequado e iniciar os tratamentos devidos o mais rapidamente possível, de forma a atenuar os sintomas.
O lipedema tem, principalmente nos estágios mais avançados, uma repercussão negativa significativa na qualidade de vida das pacientes, com consequências físicas e emocionais, sendo importante que a doença seja identificada o quanto antes.
A consciencialização sobre o lipedema, não normalizando esta condição, é essencial para melhorar o entendimento sobre a mesma e promover o acesso célere à terapêutica adequada.
Tipos e classificação do lipedema
É possível classificar o lipedema em cinco tipos e quatro níveis de gravidade.
- Tipo 1 – quando afeta as ancas e as nádegas;
- Tipo 2 – quando afeta as ancas, as nádegas e a coxas;
- Tipo 3 – quando afeta das ancas, as nádegas, as coxas e as pernas;
- Tipo 4 – quando afeta os braços;
- Tipo 5 – quando afeta as pernas.
Os quatro níveis de gravidade da doença estão correlacionados com a quantidade de gordura acumulada, dor e desconforto e alterações na pele, sendo o nível 1 o menos grave e o nível 4 a fase em que a patologia se encontra mais avançada, com bloqueio de vasos linfáticos.
Como tratar o lipedema?
O plano de tratamento adequado a cada paciente é personalizado de acordo com a sua situação concreta, a área do corpo afetada e ainda o nível de avanço da doença.
No entanto, a estratégia comum para combater o lipedema inclui uma conjugação de técnicas cirúrgicas e não-cirúrgicas.
As principais técnicas abrangidas nesta abordagem multifacetada são a nutrição funcional, a fisioterapia dermatofuncional e a cirurgia plástica, através da lipoaspiração.
- Nutrição Funcional: Torna-se necessário a adoção de uma dieta anti-inflamatória, já que o lipedema tem na sua origem um processo inflamatório. Deve ser evitado o consumo de gorduras saturadas, açúcares e adoçantes, e carnes processadas e vermelhas.
- Fisioterapia dermatofuncional: As pacientes com lipedema devem realizar sessões frequentes de drenagem linfática de modo a atenuar o edema.
- Lipoaspiração: A cirurgia plástica de lipoaspiração é a solução mais eficaz para combater o lipedema, sendo o único tratamento que tem a capacidade de remover de forma efetiva e definitiva as células doentes de gordura. Mesmo as células que não sejam retiradas, ficam sem capacidade de se multiplicar e formar novo lipedema. A lipoaspiração atua ao nível da remoção da gordura nas áreas afetadas. Dependendo do nível da doença, pode ser preciso realizar a cirurgia mais do que uma vez, ou seja, o procedimento cirúrgico pode envolver várias etapas. Não se deve recorrer à lipoaspiração apenas nos estados mais avançados da patologia. Pelo contrário. Esta é indicada mesmo no início para evitar a sua progressão.
- Apoio Psicológico: Dependendo de pessoa para pessoa, e dada a natureza impactante do lipedema na imagem corporal, pode ser importante recorrer a apoio psicológico.
É ainda fundamental que as pacientes que sofrem desta condição adotem uma dieta equilibrada e mantenham um estilo de vida ativo e saudável, com prática de exercício físico de baixo impacto, de modo a ajudar a gerir o peso e melhorar a circulação. Quem sofre de lipedema deve usar calçado confortável, meias de compressão e evitar vestir roupas muito justas.
Abordagem holística do lipedema
Uma abordagem holística que leve em consideração os aspetos físicos e emocionais e abranja uma terapêutica multidisciplinar é essencial para melhorar a qualidade de vida das pacientes com lipedema.
O tratamento do lipedema envolve estratégias mais conservadoras, com mudanças no estilo de vida, e cirurgia plástica especializada: a lipoaspiração.
Apenas desta forma se torna possível combater esta doença crónica que pode ter impactos significativos na qualidade de vida das mulheres, nomeadamente ao nível da saúde, mobilidade, imagem e autoestima.
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A LMR, clínica de cirurgia plástica em Lisboa, está equipada com a mais moderna tecnologia e dispõe de uma equipa experiente, competente, simpática e sempre disponível. Se sofre de lipedema e quer saber mais informações sobre tratamentosSe tem interesse em realizar uma abdominoplastia e quer saber preços, pedir outras informações ou marcar a sua consulta de avaliação, preencha este formulário. Seremos breves a responder.
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Nota importante:
Caso o presente artigo apresente fotos antes e depois por favor considere as mesmas meramente demonstrativas e podem não servir de referência para o seu caso em particular. Estas imagens servem apenas para mostrar possíveis resultados para um ou vários procedimentos cirúrgicos. As imagens que utilizamos são de pacientes que consentiram a sua utilização. Quaisquer imagens não representam nenhuma garantia de resultados.
Sobre a Médica Especialista
Dra. Luísa Magalhães Ramos / Cirurgia Plástica
ORDEM DOS MÉDICOS: cédula n.º 42810, especialista em Cirurgia Plástica Reconstrutiva e Estética.
Licenciada pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, especialista em Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética, fez a especialidade no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central – polo de Hospital de São José.
Ao longo da sua formação, subespecializou-se na área da Cirurgia Plástica Estética, tendo trabalhado em centros de renome mundial. Paralelamente, dedicou-se, também, à reconstrução mamária e à reconstrução de malformações faciais.
Atualmente dedica-se principalmente à Cirurgia Plástica Estética da Face (pálpebras, nariz e lifting cervico-facial), Cirurgia da mama e Cirurgia genital feminina.
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