A lipoaspiração é um procedimento complexo?
A lipoaspiração, procedimento estético relativamente simples com duração aproximada de 30 minutos a duas horas, consoante a área a ser aspirada.
É habitualmente efectuado num meio esterilizado (bloco operatório), onde são tomadas medidas de controlo de infecção, como em qualquer cirurgia.
Antes de entrar para a sala de operações, o cirurgião plástico vai demarcar na pele do paciente em posição de pé, as regiões a serem trabalhadas e as regiões a serem evitadas, uma vez que deitado, toda a distribuição do tecido adiposo pode ficar alterada.
Após se proceder à sedação ou anestesia geral, o cirurgião irá fazer pequeníssimas incisões na pele (cerca de 2 a 3 milímetros para cânulas finas, 4 a 5 milímetros para cânulas médias e 6 a 10 milímetros para cânulas largas), por onde serão introduzidas as cânulas de aspiração.
Antes de proceder à aspiração, o cirurgião injecta uma solução composta por anestésico local (geralmente Ropivacaína) e um vasoconstritor (geralmente Adrenalina), diluídos em soro fisiológico, se usar a técnica tumescente. Esta solução permite não só a melhoria do controlo da dor no pós-operatório, como também permite a diminuição das perdas hemáticas (perdas de sangue) e permite um processo mais suave de descolamento e aspiração do tecido adiposo.
O procedimento da lipoaspiração não é por regra muito doloroso, conseguindo-se o controlo da dor com comprimidos, em regime de ambulatório.
É habitual resultar algum edema (inchaço) e equimoses (nódoas negras), que serão absorvidos com o passar do tempo. Só após passar este período é possível observar o resultado final conseguido com este procedimento, podendo demorar até um mês até os resultados serem plenos.
Que cuidados devo ter após a lipoaspiração?
No processo da lipoaspiração vai ocorrer eliminação de grande volume de tecido adiposo, levando a que a pele fique “descolada” do corpo. Devido ao processo inflamatório normal do corpo submetido a uma intervenção cirúrgica, é habitual o edema (inchaço) e acumulação de soro (seromas) nos espaços onde se localizava a gordura aspirada.
Assim, para evitar que tal aconteça e para que a pele mais rapidamente adira e se adapte aos novos contornos do corpo, o cirurgião deve aconselhar roupa compressiva, ou seja cintas adaptadas à região do corpo trabalhada. Esta roupa compressora, apesar de desconfortável deve ser usada durante todo o primeiro mês após a lipoaspiração. Por vezes é difícil a sua aplicação, principalmente se não tiver ajuda e se a área de lipoaspiração tiver sido extensa.
Na primeira semana são aconselhados apenas duches rápidos e de água morna, pois tal evita a vasodilatação periférica e o possível edema associado. Pela mesma razão é desaconselhada sauna e ambientes muito quentes. As cintas devem ser novamente aplicadas após o duche, ou simplesmente não devem ser removidas se não se tiver a certeza que as conseguirá voltar a vestir.
A realização de massagens para reduzir o edema através da drenagem linfática, é também importante para uma recuperação mais rápida.
O exercício físico deve ser evitado nas primeiras três a quatro semanas após a intervenção, assim como a evicção de exposição solar. Ainda assim, é aconselhado a deambulação precoce, como um passeio leve diário, para melhorar a drenagem linfática e prevenir as tromboses dos membros inferiores.
Existe um limite para o volume de gordura que pode ser aspirado?
Habitualmente a lipoaspiração é usada para aspirar determinadas regiões onde ocorre deposição de tecido adiposo e não para aspirar toda a gordura existente no corpo numa pessoa obesa. Este procedimento não tem como objectivo o emagrecimento e perda de peso, mas sim a remodelação corporal.
Assim, segundo algumas escolas deve limitar-se a aspiração do volume de gordura a 5 a 7% do peso corporal, não ultrapassando o tratamento de 40% de área da superfície corporal.
A Sociedade Americana de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva estabelece um limite de 5L como limite de segurança. Os procedimentos onde são aspirados 5L de tecido adiposo são considerados de maior risco associado, com maior tempo de cirurgia e maiores perdas hemáticas envolvidas.
Nota importante:
Caso o presente artigo apresente fotos antes e depois por favor considere as mesmas meramente demonstrativas e podem não servir de referência para o seu caso em particular. Estas imagens servem apenas para mostrar possíveis resultados para um ou vários procedimentos cirúrgicos. As imagens que utilizamos são de pacientes que consentiram a sua utilização. Quaisquer imagens não representam nenhuma garantia de resultados.
Sobre a Médica Especialista
Dra. Luísa Magalhães Ramos / Cirurgia Plástica
ORDEM DOS MÉDICOS: cédula n.º 42810, especialista em Cirurgia Plástica Reconstrutiva e Estética.
Licenciada pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, especialista em Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética, fez a especialidade no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central – polo de Hospital de São José.
Ao longo da sua formação, subespecializou-se na área da Cirurgia Plástica Estética, tendo trabalhado em centros de renome mundial. Paralelamente, dedicou-se, também, à reconstrução mamária e à reconstrução de malformações faciais.
Atualmente dedica-se principalmente à Cirurgia Plástica Estética da Face (pálpebras, nariz e lifting cervico-facial), Cirurgia da mama e Cirurgia genital feminina.
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