Revisão de implantes mamários: quando fazer?
Cada vez há mais mulheres com próteses mamárias e algumas com próteses colocadas há bastante tempo.
Uma questão que se impõe para quem realiza uma mamoplastia de aumento é a da eventual necessidade de troca das próteses no futuro, submetendo-se a uma nova cirurgia plástica.
Se há alguns anos a resposta a esta pergunta era, sem dúvida, afirmativa, atualmente não é possível responder em definitivo.
O corpo vai passando por diversas alterações com o passar do tempo e os seios vão envelhecendo e podem aumentar ou diminuir consoante as oscilações de peso.
Quando se coloca uma prótese mamária, isso não significa que o peito da mulher não vá sofrer alterações ao longo da vida, nem que o implante que escolheu inicialmente seja aquilo que pretende passados alguns anos.
Embora a mamoplastia de aumento seja um procedimento muito gratificante para a maioria das mulheres, algumas, por razões diversas, acham que ainda podem melhorar a aparência dos seus seios.
Os cirurgiões plásticos devem alertar as pacientes que recorrem ao aumento mamário para a necessidade de trocar a prótese em algum momento da sua vida futura.
A paciente deve estar ciente dessa possibilidade, mas também importa sublinhar que os avanços na investigação e na medicina têm trazido implantes cada vez mais seguros, resistentes e duráveis.
Qual a validade dos implantes mamários?
Não existe uma resposta certa para esta questão.
Enquanto as próteses mais antigas tinham um prazo de validade geral de dez anos, atualmente não se pode dizer que os implantes mamários não tenham um prazo de validade certo ou que vão durar exatamente 10, 15 ou 20 anos. Mas, por outro lado, também não se pode dizer que durem a vida toda.
A duração dos implantes depende de paciente para paciente e de vários fatores externos e do próprio organismo. E esses fatores estão fora do controlo do cirurgião plástico e do fabricante dos implantes.
Por isso, tanto pode acontecer que uma paciente seja operada ainda muito jovem e nunca tenha havido necessidade de trocar as próteses com o passar do tempo, como outra paciente que tenha sido operada em idade mais avançada e tenha de substituir os implantes passado algum tempo.
As próteses mamárias têm vindo continuamente a ser aperfeiçoadas pelos fabricantes para proporcionar melhores resultados e a diminuir as complicações associadas.
Regra geral, estas apenas devem ser trocadas se apresentarem certos problemas, como, nomeadamente:
- contratura capsular;
- rotação;
- quebra.
Segundo um estudo da FDA – Food and Drug Administration (autoridade reguladora do medicamento nos Estados Unidos), que acompanhou centenas de pacientes durante dez anos após terem realizado uma mamoplastia de aumento, depois desse tempo, 91% dos implantes encontravam-se intactos.
Assim, os implantes não têm prazo de validade, mas existem situações que desencadeiam a necessidade de substituir a prótese mamária, independente de quando foi efetuada a cirurgia. Por consequência, torna-se essencial manter um acompanhamento periódico com o seu médico, para garantir que os implantes continuam em boas condições, mesmo com o passar dos anos.
QUANDO DEVO TROCAR OS IMPLANTES?
As mulheres que procuram ajuda para substituir os seus implantes fazem-no, geralmente, por:
- 1) Não estarem satisfeitas com o resultado estético – neste caso, as mulheres voltam a querer alterar a forma ou o tamanho do peito, depois de já se terem submetido a uma mamoplastia de aumento anterior. Algumas pacientes procuram ajuda por acharem que os implantes têm um posicionamento de que não gostam, por desejarem aumentar ou reduzir o volume do implante, pelo facto de o peito ter descaído ou por considerarem que os implantes estão muito visíveis.
Esta insatisfação pode ocorrer simplesmente porque os gostos estéticos da mulher se alteraram com o tempo, ou devido a grandes oscilações de peso, gravidez, entre outras razões.
Pode mesmo afirmar-se que a maioria dos casos em que a mulher troca de implantes se deve a motivações estéticas e não a qualquer complicação.
- 2) Não terem garantias da qualidade dos implantes que foram previamente colocados - algumas mulheres fizeram as suas cirurgias noutros países ou, por algum outro motivo, desconhecem que implantes têm colocados. A questão das próteses PIP (Poly Implant Protheses) levantou dúvidas a muitas pacientes que optaram por trocar os seus implantes por outros de garantida qualidade.
- 3) Apresentarem uma contratura capsular: a contratura capsular é uma das possíveis complicações decorrentes da mamoplastia de aumento. Esta consiste numa reação do organismo após a colocação do implante, enrijecendo a mama e causando dores, pois forma uma cápsula – ou película – fibrosa à volta da prótese. No entanto, se forem utilizados implantes de qualidade e se a cirurgia for realizada de acordo com as técnicas e meios adequados, o risco de ter uma contratura capsular é inferior a 1%, embora as probabilidades aumentem com o passar dos anos. Em teoria, quanto melhor a qualidade dos implantes utilizados, menor a probabilidade de desenvolver contractura capsular. No entanto, há diversos fatores nem sempre explicáveis que podem levar ao aparecimento dessa condição. Nesses casos há diversas soluções para o problema, que permitem obter excelentes resultados estéticos.
- 4) Questões inerentes aos implantes - atualmente os casos de rutura dos implantes são muito raros, resultando sobretudo de traumatismos. Contudo, com alguns implantes mais antigos é possível assistir a algumas complicações como desinflação (no caso de próteses de soro).
- 5) Rotura do implante – embora, como referido, o risco de acontecer seja muito baixo. Quando acontece uma rutura das próteses, estas devem ser substituídas. O risco de rutura é tanto maior, quanto menor for a qualidade do implante. As dores, o endurecimento mamário ou perda de volume podem indiciar uma situação de rutura do implante. Algumas situações mais comuns que podem causar a rutura das próteses são as quedas, acidentes rodoviários e falta dos cuidados devidos no pós-operatório.
Importância do controlo periódico
Vários sinais podem sugerir a necessidade de consultar o seu médico cirurgião para avaliar a necessidade de substituir as próteses mamárias. Por exemplo, quando a mulher sente dor ou nota uma alteração na aparência do peito.
Além disso, é recomendado que visite o seu cirurgião plástico com alguma regularidade para realizar consultas de avaliação e de acompanhamento. Durante as mesmas, será avaliado o estado das próteses e a eventual necessidade de as remover ou substituir. Estas consultas são também fundamentais para preservar o resultado estético.
Torna-se também necessário realizar exames de ultrassom com a frequência sugerida pelo médico, ou a pedido deste, para avaliar a integridade do implante e a saúde da mama.
Com a experiência adquirida ao longo da sua atividade em reconstrução mamária, da sua formação nos Estados Unidos e do seu trabalho de atualização contínuo, a Dra. Luísa Magalhães Ramos e toda a sua equipa irá prestar-lhe um acompanhamento médico de qualidade e todo o suporte de que necessita.
Nota importante:
Caso o presente artigo apresente fotos antes e depois por favor considere as mesmas meramente demonstrativas e podem não servir de referência para o seu caso em particular. Estas imagens servem apenas para mostrar possíveis resultados para um ou vários procedimentos cirúrgicos. As imagens que utilizamos são de pacientes que consentiram a sua utilização. Quaisquer imagens não representam nenhuma garantia de resultados.
Sobre a Médica Especialista
Dra. Luísa Magalhães Ramos / Cirurgia Plástica
ORDEM DOS MÉDICOS: cédula n.º 42810, especialista em Cirurgia Plástica Reconstrutiva e Estética.
Licenciada pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, especialista em Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética, fez a especialidade no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central – polo de Hospital de São José.
Ao longo da sua formação, subespecializou-se na área da Cirurgia Plástica Estética, tendo trabalhado em centros de renome mundial. Paralelamente, dedicou-se, também, à reconstrução mamária e à reconstrução de malformações faciais.
Atualmente dedica-se principalmente à Cirurgia Plástica Estética da Face (pálpebras, nariz e lifting cervico-facial), Cirurgia da mama e Cirurgia genital feminina.
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