As “orelhas de abano”, mais corretamente designadas orelhas aladas ou em abdução, caracterizam-se por um afastamento excessivo das orelhas em relação à cabeça, podendo ter um impacto significativo na autoestima e na qualidade de vida da pessoa.
Trata-se de uma malformação congénita reconhecida desde a infância, que pode ser fonte de constrangimentos e inseguranças ao longo da vida, se não for devidamente tratada. Muitos jovens com orelha alada enfrentam comentários depreciativos e exclusão social, fatores que contribuem para uma imagem corporal negativa e falta de autoestima.
A otoplastia, cirurgia plástica que visa corrigir as deformidades das orelhas, pode, por isso, ter um papel crucial na restauração da confiança e na melhoria da qualidade de vida dos pacientes.
Neste artigo, perceba o impacto que as orelhas de abano podem ter na autoestima individual e como esta condição pode ser solucionada.
Sabe o que são “orelhas de abano”?
Está familiarizado com o termo “orelhas de abano”? Trata-se de um conceito vulgarmente utilizado para caracterizar as orelhas aladas ou em abdução. Tanto “orelhas de abano” como orelhas aladas ou orelhas em abdução significam que a pessoa tem orelhas excessivamente projetadas em relação à cabeça. Ou seja, as orelhas formam um ângulo com a cabeça superior ao normal, o que faz parecer que estão demasiado afastadas da cabeça e as coloca em grande destaque. Além do afastamento excessivo da cabeça, as orelhas podem também apresentar ausência das curvaturas normais das cartilagens.
Esta é uma condição relativamente comum, sendo uma das malformações auriculares mais frequentes, que afeta cerca de 5% da população, entre homens e mulheres.
Na sua origem está uma malformação congénita que, na maioria dos casos, tem uma componente genética. As orelhas aladas podem ocorrer de forma unilateral ou bilateral, não estando associadas a nenhuma alteração auditiva.
Em regra, esta condição manifesta-se até ao terceiro mês de vida.
Influência na autoestima e bem-estar
Uma vez que é uma condição que coloca as orelhas em grande destaque, as denominadas “orelhas de abano” podem influenciar negativamente a autoestima e o bem-estar psicológico dos indivíduos afetados.
Além disso, por ser uma característica física que acompanha a pessoa desde a sua infância, pode gerar constrangimentos e inseguranças numa fase da vida em que a aceitação social e a aparência assumem uma relevância considerável.
As crianças e adolescentes com orelhas aladas são, por vezes, vítimas de bullying, comentários depreciativos e exclusão social, fatores que, naquele momento ou mais tarde, podem ter repercussões negativas ao nível da imagem corporal e da autoestima individual.
Assim, as principais consequências das “orelhas de abano” são:
- Imagem corporal negativa: a perceção da própria aparência, ou seja, da autoimagem dos indivíduos com esta malformação, pode ser distorcida pela presença das “orelhas de abano”. Por isso, muitos sentem-se menos atraentes e desenvolvem uma imagem corporal negativa.
- Bullying e comentários negativos: as crianças e adolescentes com orelhas aladas, mas também os adultos, podem ser alvo de bullying e comentários depreciativos, o que pode levar a sentimentos de vergonha, constrangimento e isolamento social. Esses comportamentos podem afetar profundamente a autoestima e a confiança.
- Ansiedade social: a preocupação com a aparência pode levar à ansiedade em situações sociais, pelo que as pessoas com “orelhas de abano” podem tentar evitar atividades sociais ou sentir-se desconfortáveis em público, devido ao receio de serem julgados pela aparência das suas orelhas.
- Desempenho académico ou profissional: o impacto emocional no indivíduo com orelhas aladas pode afetar o seu desempenho académico e/ou profissional, por temer a exposição e o julgamento de terceiros.
- Trauma psicológico: quando as orelhas aladas não são corrigidas, a pessoa que sofre desta condição pode desenvolver traumas psicológicos e emocionais, o que, consequentemente, pode impactar a sua personalidade e, mais uma vez, a sua autoestima.
É importante abordar estas questões com sensibilidade e, se necessário, procurar apoio psicológico ou considerar intervenções médicas, como a otoplastia, que possam ajudar a melhorar a qualidade de vida do paciente.
O apoio de familiares e amigos pode desempenhar um papel de relevo na vida de quem padece desta malformação congénita, podendo mitigar os respetivos efeitos negativos na autoestima.
Assim, a aceitação e o incentivo de pessoas próximas podem ajudar a desenvolver uma autoimagem mais positiva.
A otoplastia
A otoplastia é a cirurgia plástica que corrige as deformidades e melhora a aparência das orelhas. Na maioria das situações, a otoplastia é efetuada para corrigir cirurgicamente a condição das orelhas aladas. Através da otoplastia, as orelhas são reposicionadas de forma mais próxima da cabeça, podendo também ser modificada a sua forma. Em suma, as orelhas ficam mais simétricas, harmoniosas e proporcionais.
As incisões da otoplastia são geralmente feitas atrás das orelhas e, por isso, as cicatrizes deste procedimento não são visíveis, ficando escondidas nas suas dobras naturais, mais concretamente na face posterior da orelha.
Este procedimento é uma solução eficaz para mitigar os impactos psicológicos que lhe estão associados, melhorando não apenas a aparência estética, mas também desempenhando um papel crucial na restauração da confiança e na melhoria da qualidade de vida dos pacientes.
Resultados
A otoplastia pode proporcionar resultados satisfatórios e duradouros para corrigir as “orelhas de abano” e outras deformidades, melhorando significativamente a autoestima e a confiança do paciente.
Após a realização da cirurgia plástica, o paciente nota uma mudança imediata na sua imagem. Já os resultados finais são visíveis após algumas semanas, com a diminuição do inchaço.
É fundamental escolher um cirurgião qualificado e experiente, seguir todas as orientações pré e pós-operatórias e ter expectativas realistas sobre os resultados do procedimento.
Quem pode realizar uma otoplastia?
Quem tiver orelhas aladas – orelhas demasiado afastadas da cabeça, fora de proporção e/ou em posição assimétrica – e se sinta desconfortável com essa característica, pode recorrer à otoplastia.
Esta é uma cirurgia indicada para adultos e crianças com idade superior a 6-7 anos.
Como se viu, a otoplastia não só melhora a aparência física como pode ter um impacto positivo significativo no bem-estar psicológico do paciente, ao colocar um ponto final numa característica causadora de desconforto e insegurança.
Caso sofra desta condição e pretenda saber mais informações sobre a otoplastia, entre em contato connosco para agendar uma consulta de avaliação. Na LMR, temos uma equipa pronta a recebê-lo e ajudá-lo a dar este importante passo para alcançar uma melhor qualidade de vida.
Nota importante:
Caso o presente artigo apresente fotos antes e depois por favor considere as mesmas meramente demonstrativas e podem não servir de referência para o seu caso em particular. Estas imagens servem apenas para mostrar possíveis resultados para um ou vários procedimentos cirúrgicos. As imagens que utilizamos são de pacientes que consentiram a sua utilização. Quaisquer imagens não representam nenhuma garantia de resultados.
Sobre a Médica Especialista
Dra. Luísa Magalhães Ramos / Cirurgia Plástica
ORDEM DOS MÉDICOS: cédula n.º 42810, especialista em Cirurgia Plástica Reconstrutiva e Estética.
Licenciada pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, especialista em Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética, fez a especialidade no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central – polo de Hospital de São José.
Ao longo da sua formação, subespecializou-se na área da Cirurgia Plástica Estética, tendo trabalhado em centros de renome mundial. Paralelamente, dedicou-se, também, à reconstrução mamária e à reconstrução de malformações faciais.
Atualmente dedica-se principalmente à Cirurgia Plástica Estética da Face (pálpebras, nariz e lifting cervico-facial), Cirurgia da mama e Cirurgia genital feminina.
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