A pálpebra caída, também chamada de ptose palpebral, é uma condição que leva a pele da pálpebra a ficar flácida e ter um aspeto descaído. Trata-se de um problema que pode começar a surgir com o avançar da idade ou oscilações de peso repentinas, e que pode causar um forte impacto estético e funcional na vida da pessoa.
A boa notícia é que pode ser corrigido: a blefaroplastia é a cirurgia plástica que soluciona este problema, com resultados realmente notáveis, uma vez que permite rejuvenescer o olhar e o rosto.
Se tem as pálpebras caídas ou conhece alguém que sofre com esta condição, então este artigo é para si.
Em que consiste a pálpebra caída?
A pálpebra caída, também conhecida como ptose palpebral, é uma condição em que a pele da pálpebra superior descai mais do que o normal. Esta condição pode afetar um ou ambos os olhos e pode ainda ter vários graus, desde leve a grave. Nos casos mais graves, pode mesmo limitar o campo de visão.
Na origem da pálpebra caída pode estar o processo natural de envelhecimento, oscilações repentinas de peso, lesões, traumas e doenças neuromusculares e neurológicas. Esta pode também ter origem congénita, devido ao desenvolvimento inadequado dos músculos palpebrais.
Quando é causada pelo envelhecimento, que é uma das situações mais comuns, há um enfraquecimento dos músculos responsáveis por levantar a pálpebra.
A pálpebra caída é uma condição que pode ter vários impactos, não apenas estéticos, como também funcionais:
- a nível estético, a ptose deixa a pessoa com um ar mais cansado e envelhecido, afetando a aparência do rosto.
- a nível funcional, esta condição pode exigir mais esforço para manter os olhos abertos e causar fadiga ocular. Como já referido, nos graus mais graves de ptose papebral, pode mesmo cobrir os olhos, limitando o campo de visão.
O que é a blefaroplastia e como pode ajudar a corrigir as pálpebras caídas?
A blefaroplastia é a cirurgia plástica que visa corrigir as pálpebras descaídas, ao remover o excesso de pele e, quando necessário, as bolsas de gordura acumuladas nas pálpebras.
Este procedimento estético pode ser realizado nas pálpebras superiores, inferiores ou em ambas, dependendo das necessidades do paciente.
Devido à sua elevada procura, a blefaroplastia ocupa o Top 5 das cirurgias plásticas mais realizadas em todo o mundo em 2022, de acordo com os dados da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos.
Como é realizada?
Na LMR, a blefaroplastia é realizada apenas com anestesia local ou anestesia local com sedação. Pela sua relativa simplicidade, a duração do procedimento é de cerca de uma hora.
Apesar de ser simples, existem diferentes tipos e técnicas de blefaroplastia e cada caso deve ser tratado individualmente, de forma totalmente personalizada.
No caso da blefaroplastia superior, ou seja, realizada nas pálpebras superiores, é feita uma incisão ao longo da linha natural da pálpebra, removido o excesso de pele e, quando exista, retirada a gordura.
No caso da blefaroplastia inferior, ou seja, realizada nas pálpebras inferiores, a incisão pode ser realizada ao longo da linha das pestanas ou através da conjuntiva (parte interna da pálpebra), quando a abordagem é feita “dentro do olho”. Neste último caso, são eliminadas ou redistribuídas as bolsas de gordura. Porém, quando há excesso de pele a remover, a cicatriz tem de ficar ao longo da linha das pestanas.
Cirurgia às pálpebras: principais benefícios
O objetivo principal da blefaroplastia é melhorar a aparência das pálpebras, tornando o olhar mais aberto e rejuvenescido.
Fazendo os olhos toda a diferença na aparência e estética da face – não é por acaso que se diz que os olhos são o espelho da alma – os inúmeros benefícios da cirurgia plástica às pálpebras não ficam por aqui.
Ao eliminar a flacidez da pele e reduzir as bolsas de gordura ao redor dos olhos, o paciente fica com um olhar mais vibrante.
Quando as pálpebras estão muito descaídas e tapam parte dos olhos, a blefaroplastia melhora também o campo de visão.
O aumento da confiança e da autoestima é inegável nas pessoas que já se submeteram a este procedimento, uma vez que desempenha um papel essencial no rejuvenescimento do rosto.
Por exemplo, muitos pacientes com pálpebras descaídas sentem-se insatisfeitos por aparentarem ter muito mais idade do que têm realmente, precisamente devido a esta condição. A blefaroplastia tem a capacidade de resolver esse problema, devolvendo confiança e “tirando” alguns anos ao paciente.
Como é a recuperação?
A maioria dos pacientes que realiza uma blefaroplastia retoma a sua rotina e atividades normais entre uma a duas semanas após a cirurgia.
Deve-se, no entanto, evitar durante mais alguns dias grandes esforços físicos e exposição solar.
É normal ter inchaço e hematomas ao redor dos olhos após o procedimento, sendo que o desconforto é controlado através de medicação prescrita pelo cirurgião plástico.
Para reduzir o inchaço, deve-se aplicar gelo, com renovação constante nas primeiras 72 horas do pós-operatório.
Devem ser seguidas à risca as indicações do médico quanto aos cuidados pós-operatórios para garantir uma cicatrização e resultados ótimos.
Dúvidas mais frequentes
As cicatrizes ficam visíveis?
As cicatrizes da blefaroplastia ficam escondidas, quer seja na linha, ou dobra, da pálpebra superior – neste caso as cicatrizes apenas são visíveis quando os olhos estão fechados –, na linha das pestanas ou da conjuntiva (parte interna da pálpebra).
A Blefaroplastia coloca em perigo a visão?
A visão não é, de todo, colocada em causa pela cirurgia plástica de blefaroplastia. Apenas são manipulados os contornos dos olhos e tal é feito a nível externo, não interferindo com o globo ocular nem as suas estruturas. Temporariamente, pode apenas ocorrer visão turva e aumento da produção de lágrimas. Aliás, a blefaroplastia pode, pelo contrário, proporcionar melhorias no campo da visão ao retirar o tecido que interferia com o seu normal funcionamento.
A partir de que idade se pode realizar esta cirurgia?
Não existe uma idade certa para realizar uma blefaroplastia. Embora seja mais frequentemente realizada por pessoas acima dos 45 anos, não há qualquer impedimento de ser realizada antes, se a pessoa padecer de pálpebra descaída.
A recuperação de uma blefaroplastia é dolorosa?
O pós-operatório de quem realiza uma blefaroplastia não é, habitualmente, doloroso. Por isso mesmo, muitos dos pacientes apenas tomam analgésicos no dia seguinte ao da cirurgia. De qualquer forma, a sensibilidade à dor e a recuperação dependem de pessoa para pessoa.
Os resultados são definitivos?
A blefaroplastia garante resultados duradouros e, na grande maioria das situações, a remoção de gordura e excesso de pele é realizada apenas uma vez na vida.
Apesar disso, não podem ser garantidos resultados definitivos, uma vez que a cirurgia não trava o processo natural de envelhecimento.
Se tem as pálpebras descaídas, ou conhece alguém que sofre desta condição, é importante procurar orientação médica para determinar o tratamento adequado, com o intuito de melhorar a visão e a aparência estética do olhar, restaurando a qualidade de vida e o bem-estar do paciente.
Deve, por isso, marcar uma consulta de avaliação para avaliar a candidatura à blefaroplastia, discutir as expectativas e compreender os potenciais riscos e complicações associados ao procedimento. Um plano de tratamento personalizado é essencial para alcançar resultados satisfatórios.
Nota importante:
Caso o presente artigo apresente fotos antes e depois por favor considere as mesmas meramente demonstrativas e podem não servir de referência para o seu caso em particular. Estas imagens servem apenas para mostrar possíveis resultados para um ou vários procedimentos cirúrgicos. As imagens que utilizamos são de pacientes que consentiram a sua utilização. Quaisquer imagens não representam nenhuma garantia de resultados.
Sobre a Médica Especialista
Dra. Luísa Magalhães Ramos / Cirurgia Plástica
ORDEM DOS MÉDICOS: cédula n.º 42810, especialista em Cirurgia Plástica Reconstrutiva e Estética.
Licenciada pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, especialista em Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética, fez a especialidade no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central – polo de Hospital de São José.
Ao longo da sua formação, subespecializou-se na área da Cirurgia Plástica Estética, tendo trabalhado em centros de renome mundial. Paralelamente, dedicou-se, também, à reconstrução mamária e à reconstrução de malformações faciais.
Atualmente dedica-se principalmente à Cirurgia Plástica Estética da Face (pálpebras, nariz e lifting cervico-facial), Cirurgia da mama e Cirurgia genital feminina.
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