A mama é um símbolo de plenitude feminina, autoestima e bem-estar. Mas podem surgir problemas no desenvolvimento da mama que causam elevado transtorno psicológico ou mesmo físico.
A boa notícia é que podem ser corrigidos!
Conheça as principais condições relacionadas com o desenvolvimento da mama e de que modo a cirurgia plástica pode ajudar a corrigi-las, proporcionando bem-estar físico e emocional à mulher.
Como se processa o crescimento da mama?
O processo de formação da mama feminina tem início mesmo antes do nascimento.
Porém, é na puberdade, altura em que ocorre um aumento da produção de estrogénio, que se dá a formação dos "botões mamários" e as glândulas mamárias começam a desenvolver-se.
O crescimento da mama constitui um dos acontecimentos mais importantes da transformação do corpo feminino, já que é um sinal de se “estar a tornar mulher”.
Porém, este crescimento não acontece de forma igual em todas as mulheres e podem ocorrer algumas malformações no desenvolvimento mamário, num só seio ou em ambos.
Além disso, a mama está em constante mudança ao longo da vida, desde a puberdade, passando pela adolescência e maternidade, até à menopausa.
Isso porque as diferentes células que compõem o peito – como as glândulas mamárias, o estroma e a própria pele – sofrem influência de alterações que acontecem no corpo da mulher durante a sua vida.
Estas mudanças são causadas por diversos fatores, entre eles:
- Os níveis variáveis das hormonas femininas, estrogénio e progesterona;
- Oscilações de peso;
- Gravidez e amamentação;
- Processo natural de envelhecimento.
Problemas comuns no desenvolvimento da mama
1. Crescimento excessivo
Não existe uma dimensão standard para que o tamanho do peito seja considerado normal: varia muito de mulher para mulher e de acordo com a respetiva estrutura corporal.
No entanto, a hipertrofia mamária, a macromastia e a gigantomastia são designações médicas que indicam existir excesso de volume das mamas e eventual desproporcionalidade relativamente à silhueta da mulher.
Estes problemas no desenvolvimento da mama causam transtornos físicos e emocionais, além da questão estética.
Por exemplo, o excesso de peso dos seios pode desenvolver complicações e dores na coluna e condicionar a qualidade de vida da mulher.
Origem
Questões genéticas e hereditárias, disfunções hormonais, a gravidez e a obesidade são as causas mais habituais de crescimento excessivo da mama.
Tratamento
A solução para o excesso de volume mamário passa pela cirurgia de redução mamária. Este procedimento é aconselhado a mulheres que:
- Sofrem com dores de costas ou na região cervical;
- Apresentam problemas de postura;
- Têm, frequentemente, feridas na pele da parte inferior da mama, devido à fricção, e marcas profundas nos ombros devido ao peso suportado pela alça do sutiã.
Todos estes motivos são indícios de que é preciso reduzir o tamanho mamário para um maior conforto.
Ainda, se a mulher não se sente bem com o seu peito, sente vergonha e tende a esconder o excesso de volume com roupas largas, então, claramente, a sua autoestima está afetada e é importante recorrer à cirurgia.
2. Hipoplasia da mama
Ao contrário da hipertrofia, as mulheres que sofrem de hipoplasia mamária têm seios significativamente pequenos ou muito pouco desenvolvidos.
Nestes casos, apesar de a mama ser pequena, não deixa de desempenhar corretamente o seu papel e também não tem um formato disfuncional. Por este motivo, a consequência habitual desta alteração é mais psicológica do que física.
A hipoplasia unilateral pode resultar numa assimetria mamária.
A verdade é que existem muitas mulheres a quem o complexo de ter os seios pequenos provoca angústia e problemas de autoestima e/ou afetivos.
Origem
Na base da hipoplasia podem estar o subdesenvolvimento da mama, devido a estimulação hormonal insuficiente, ou a diminuição progressiva de volume, nomeadamente após a amamentação ou perdas de peso significativas.
Tratamento
Para a hipoplasia, a solução é a mamoplastia de aumento. Esta é a cirurgia mais realizada em todo o mundo, inclusive em Portugal.
O desenvolvimento da cirurgia plástica permite que existam vários tipos de implantes, de diferentes tamanhos, formatos e revestimentos, e ainda diferentes abordagens na sua colocação e diferentes cicatrizes.
A recuperação de uma mamoplastia de aumento é geralmente rápida e tranquila.
3. Amastia e Amazia da mama
A amastia define-se pela ausência total e congénita de glândula mamária. Neste caso, há ausência do tecido mamário, da aréola e do mamilo, que pode ocorrer de forma unilateral ou bilateral.
Já a amazia caracteriza-se também pela ausência do tecido mamário e do músculo peitoral, porém com presença de aréola e mamilo.
Origem
Tanto a amastia como a amazia são situações muito raras e estão associadas a defeitos congénitos.
Tratamento
Nestas situações, deve ser realizada uma mamoplastia de aumento para conferir volume e modificar o formato do peito, tornando-o mais harmonioso e proporcional.
4. Assimetria mamária
A assimetria mamária representa um problema comum no desenvolvimento da mama.
Em teoria, os dois seios deveriam ser simétricos, com a mesma forma e igual volume, mas na realidade isso não acontece.
Quase todas as mulheres têm um grau de assimetria mamária, mas quando esta deixa de ser ligeira e passa a ser acentuada e/ou percetível pode causar elevado transtorno.
A diferença entre cada mama pode ser notória ao nível do tamanho, forma, descaimento ou dos mamilos – ou conjugar alguns ou todos esses tipos de assimetrias.
Origem
As assimetrias mamárias podem ter origem em malformações congénitas, durante o desenvolvimento dos seios na adolescência, ou mesmo devido a distúrbios hormonais, amamentação, ou durante a maternidade ou menopausa.
Tratamento
Independentemente da sua causa, as assimetrias mamárias podem ser corrigidas através de cirurgia mamária.
Cada mama pode necessitar de uma cirurgia diferente e, em caso de colocação de implantes, poderão ser colocados tamanhos diferentes.
Por exemplo, uma mulher pode apresentar um seio muito pequeno e o outro grande e descaído. Esta situação pode implicar a colocação de um implante numa mama e uma redução e remoção na outra.
Seja qual for a técnica utilizada, o objetivo será sempre o de encontrar a melhor simetria, tanto em tamanho, como em formato e posição.
5. Mama tuberosa
A mama tuberosa é uma malformação congénita no peito que lhe dá uma aparência de tubo.
Esta condição atinge um grande número de mulheres por todo o mundo e ocorre durante o período de desenvolvimento da mama.
Caracteriza-se por um estreitamento da base da mama e aumento do diâmetro da aréola e, muitas vezes, o seu posicionamento abaixo do sulco inframamário.
O tecido que cobre a glândula mamária apresenta uma rigidez excessiva e não se expande, tendo tendência a projetar-se por uma via menos resistente, que é a pele fina dos mamilos.
Esta deformidade, muitas vezes acompanhada de assimetria mamária, revela-se altamente devastadora a nível psicológico, pois provoca alterações graves na forma e volume do peito.
Origem
O principal fator de risco é a existência na família de mulheres com a mesma condição.
Tratamento
A decisão do tratamento da mama tuberosa é tomada de acordo com a situação de cada paciente. Habitualmente, inclui a remodelação da glândula existente, eliminando o tecido aureolar excedente e a colocação de implantes mamários, através de uma única incisão (corte) ao redor das aréolas.
Os implantes mamários vão alterar o aspeto tubular, conferir um formato mais arredondado e preencher o polo inferior da mama.
Pode ainda ser necessário recorrer ao lifting mamário, para correção do descaimento da mama.
Outras malformações mamárias
Há ainda mulheres que nascem com anomalias congénitas na região da mama, nomeadamente politelia e polimastia, que correspondem, respetivamente, a um ou mais mamilos e mamas acessórios ou adicionais. A solução para corrigi-los passa pela sua remoção.
Os problemas no desenvolvimento das mamas têm solução, mas escolha um especialista
Independentemente do problema, é muito importante que a intervenção seja realizada por um cirurgião plástico qualificado e com experiência neste tipo de deformidades.
O tratamento destas alterações, requer a aplicação de técnicas variadas e muito diferentes das habitualmente utilizadas para uma mamoplastia de aumento comum.
Nota importante:
Caso o presente artigo apresente fotos antes e depois por favor considere as mesmas meramente demonstrativas e podem não servir de referência para o seu caso em particular. Estas imagens servem apenas para mostrar possíveis resultados para um ou vários procedimentos cirúrgicos. As imagens que utilizamos são de pacientes que consentiram a sua utilização. Quaisquer imagens não representam nenhuma garantia de resultados.
Sobre a Médica Especialista
Dra. Luísa Magalhães Ramos / Cirurgia Plástica
ORDEM DOS MÉDICOS: cédula n.º 42810, especialista em Cirurgia Plástica Reconstrutiva e Estética.
Licenciada pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, especialista em Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética, fez a especialidade no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central – polo de Hospital de São José.
Ao longo da sua formação, subespecializou-se na área da Cirurgia Plástica Estética, tendo trabalhado em centros de renome mundial. Paralelamente, dedicou-se, também, à reconstrução mamária e à reconstrução de malformações faciais.
Atualmente dedica-se principalmente à Cirurgia Plástica Estética da Face (pálpebras, nariz e lifting cervico-facial), Cirurgia da mama e Cirurgia genital feminina.
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